 DEFENDENDO QUE OUTRO RUMO É POSSÍVEL
DEFENDENDO QUE OUTRO RUMO É POSSÍVEL
Os trabalhadores da Administração Local e do sector empresarial marcaram forte presença na “Jornada Nacional de Luta” promovida pela CGTP-IN, no dia 20, em Lisboa e Porto, para rejeitar aquele que é um dos maiores ataques feito aos direitos dos trabalhadores.
Em Portugal, 1,3 milhões de trabalhadores têm vínculos precários, que afectam 54% dos jovens; 1,9 milhões de trabalhadores são hoje vítimas de horários de trabalho desregulados; e dois milhões de pessoas encontram-se na pobreza mesmo trabalhando.
Este é o quadro resultante de anos de políticas de direita adoptadas pelos sucessivos governos, do PS e PSD-CDS. E a actual coligação de direita esmera-se por agravar a situação com as mais de 100 propostas de alteração à legislação laboral, que representam um dos maiores ataques feito aos trabalhadores.
Na sua intervenção, e lembrando o actual contexto político – de ataque aos direitos fundamentais e de afronta à Constituição -, Tiago Oliveira (secretário-geral da CGTP-IN) afirmou que “a situação dos trabalhadores degrada-se pela acção do capital e dos governos ao seu serviço, e em que o aumento do custo de vida coloca milhares de trabalhadores no limiar da pobreza, enquanto os grandes grupos económicos acumulam lucros”.
Perante uma Av. Liberdade repleta, com milhares de trabalhadores, o dirigente da Intersindical sublinhou que “o governo PSD/CDS conduz uma política de agressão aos trabalhadores ”, acrescentando que nenhuma das propostas apresentadas neste “pacote laboral” – que considera estar “ao serviço das pretensões do capital e tem o acordo, no essencial, do CH e IL” - vai no sentido de resolver os problemas que já hoje existem na legislação laboral, “com normas que agridem os trabalhadores e os seus direitos e que precisam de ser revogadas”.
Destacando que “a revisão das leis de trabalho” visam um “ajuste de contas”, procurando precarizar todo o trabalho e agravar a sua desregulação, facilitar os despedimentos e atacar a liberdade sindical, Tiago Oliveira vincou, ainda, que a “grande jornada [de sábado, 20] aponta o caminho: o de intensificação da luta por uma vida melhor e que outro rumo é possível para o País”.
MARCHA NACIONAL CONTRA O PACOTE LABORAL 
A CGTP-IN anunciou, para 8 de Novembro, uma “Marcha Nacional contra o Pacote Laboral”, concentrando, nas ruas de Lisboa, o protesto, a indignação e a rejeição do “pacote laboral”, e para exigir uma vida melhor para os trabalhadores e para o Povo, em geral. Em paralelo, irá decorrer um abaixo-assinado, dirigido ao Primeiro-Ministro, a exigir a retirada das propostas de revisão da legislação laboral e a revogação das actuais normas gravosas da Lei do Trabalho, bem coimo o aumento de salários e direitos.
No dia 1 de Outubro, o “Encontro Nacional de Dirigentes e Activistas Sindicais” em Lisboa, marcou o início de uma acção geral, nas empresas e nas ruas, contra o “pacote laboral”, intensificando a acção reivindicativa através de plenários, paralisações, greves e outras acções nos locais de trabalho. Nas ruas, a luta ganhará visibilidade com a realização de actos de protesto à porta das empresas e serviços, concentrações, tribunas e manifestações.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
