AdP CartaAberta f6f95TRABALHADORES DA ÁGUAS DE PORTUGAL EM GREVE NO DIA 30 DE JUNHO

Uma delegação do STAL e da FIEQUIMETAL vai entregar, amanhã (terça-feira, 28), uma Carta Aberta à administração do Grupo AdP – Águas de Portugal em que a responsabiliza pela greve de 24 horas que os trabalhadores da empresa decidiram realizar na quinta-feira (dia 30), em defesa da sua dignidade e valorização profissional, e na sequência do recuo da Comissão Negociadora da empresa que, de forma inaceitável e revelador de má-fé negocial, retirou a proposta que estava a ser negociada.

Este ano, iniciou-se, finalmente, o processo de revisão do Acordo Colectivo de Trabalho (ACT), após diversas acções de luta dos trabalhadores do Grupo AdP que, desde 2018, aguardavam o compromisso assumido por parte do Conselho de Administração (CA), relativamente à Acta de Entendimento assinada com o STAL e a FIEQUIMETAL, relativamente à urgência das negociações sobre a tabela salarial e a estrutura de carreiras.

Em 26 de Janeiro, a Comissão Negociadora (CN) da AdP apresentou uma proposta de actualização salarial e de outras matérias que, no entanto, continuava longe das reivindicações dos trabalhadores – confrontados no seu dia-a-dia com tarefas profissionais exigentes, excessiva carga horária e equipas cada vez mais reduzidas –, após anos de perda de poder de compra e conscientes dos “chorudos” lucros registados pelo Grupo ao longo da última década.

Mas na última reunião (em 9 de Junho), e para surpresa do STAL e da FIEQUIMETAL, a AdP deu “o dito por não dito” e informou que retirava a sua proposta, atitude reveladora da pouca consideração que tem para com os seus trabalhadores e os problemas e dificuldades com que estes se debatem há muito, os quais se têm agravado no actual quadro de grave crise social e económica.

O STAL e a FIEQUIMETAL reafirmam que o aumento geral dos salários não é um “favor” ou caridade da empresa, mas, antes, é devido aos trabalhadores pelo esforço, dedicação e produtividade, sem os quais os MAIS DE 415 MILHÕES DE EUROS DE LUCROS (entre 2018 e 2021) não teriam sido possíveis.

Está nas mãos do CA a resolução dos problemas dos trabalhadores, pelo que a greve prevista para esta quinta-feira é da sua única e inteira responsabilidade.

Pin It