TRABALHADORES DAS AUTARQUIAS ADEREM EM FORÇA À GREVE GERAL
A forte adesão registada nos primeiros serviços de recolha nocturna levou ao seu encerramento nos municípios de Amadora, Évora, Loures, Moita, Palmela, Seixal, Setúbal, Sintra e Viana do Castelo. Já em Vila Franca de Xira (98%), Lisboa (90%) e Almada (83%) a paralisação é quase total. Igualmente em Coimbra, Funchal, Guimarães e Leiria a greve regista uma adesão muito significativa, tendo a recolha de resíduos e os serviços de higiene urbana ficado seriamente afectados. Destaque ainda, no sector das águas, para a grande adesão na Águas do Tejo Atlântico, com 100% em Lisboa e 75% em Cascais.
As primeiras horas desta paralisação ficam marcadas pela forte adesão na Administração Local, particularmente nos sectores da recolha de resíduos e higiene urbana, antevendo o STAL uma elevada adesão na generalidade das autarquias, escolas e empresas municipais ao longo desta quinta-feira (dia 11).
Os dados conhecidos até ao momento reflectem o profundo descontentamento dos trabalhadores da Administração Local e do sector das empresas, e são um sinal claro de que subscrevem as razões que levaram à convocação desta Greve Geral: rejeitar o “pacote laboral” do governo PSD-CDS, que representa um autêntico retrocesso nos direitos dos trabalhadores; e garantir o aumento dos salários, das pensões, a melhoria dos Serviços Públicos e uma vida melhor.
O "pacote laboral" apresentado pelo Governo, com mais de 100 medidas, não só não dá resposta aos problemas que já existem na legislação laboral – com normas que agridem os direitos dos trabalhadores e que têm de ser revogadas – como os agravam. É um grande favor aos patrões, que aplaudem com satisfação!
Este governo, que está ao serviço do grande capital – e conta com o apoio do Chega e da Iniciativa Liberal –, desenvolve uma estratégia que afronta a Constituição e procura fragilizar os direitos laborais, bem como o direito à Saúde, à Educação, à Protecção Social e à Habitação, entre outros.
NÃO ACEITAMOS CONTINUAR A EMPOBRECER A TRABALHAR!
Enquanto os lucros dos principais grupos económicos atingem valores recorde a cada trimestre que passa, os salários dos que produzem essa riqueza marcam passo. E se aos trabalhadores são exigidos maiores ritmos de trabalho, trabalho extraordinário e desregulação dos horários, já aos patrões é oferecida a redução dos impostos!
Para o capital é só privilégios e facilidades, já para os trabalhadores são exigidos cada vez mais sacrifícios. Contra a política de empobrecimento impõe-se uma forte resposta de todos os trabalhadores, em especial os da Administração Local e sector empresarial, que exigem:
• Aumento não inferior a 15% (mín. 150 € para todos);
• Base remuneratória na Adm. Pública de 1050 €; e subsídio de refeição de 12 €;
• Correcção real e justa da Tabela Salarial/TRU;
• SPI abrangente e actualizado;
• Reposição do vínculo de nomeação a todos os trabalhadores, acabando com a precariedade e defendendo os Serviços Públicos;
• Valorização de todas as carreiras e profissões;
• Revogação do SIADAP;
• Regulamentação das Profissões de Desgaste Rápido;
• Reposição dos 25 dias de férias;
• 35 horas semanais de trabalho para todos.
O STAL exige que o governo PSD-CDS garanta o aumento dos rendimentos dos trabalhadores – em especial, os da Administração Local e sector empresarial – e considera inaceitável que “arraste” a resolução dos graves problemas dos trabalhadores, que estão na linha da frente da resposta às necessidades das populações em todas as áreas de intervenção do Estado, e em particular na Administração Local, pelo que exigem respeito e soluções para os seus problemas.
Dados de adesão em actualização permanente em www.stal.pt/dadosgreve