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A acção de luta que está hoje (sexta, 26) a decorrer nesta empresa do Grupo EGF (Mota-Engil) saldou-se por uma adesão quase total – levando mesmo ao encerramento dos serviços nalguns turnos – nas instalações de Celorico de Basto (95% no turno da manhã e 100% no da tarde), Riba de Ave (95%) e Vila Real (75% no 1.º turno, e 100% no 2.º), o que é bem revelador da unidade e determinação dos trabalhadores em defesa das suas exigências, e do seu profundo descontentamento para com a falta de resposta da administração à difícil situação económica e social que enfrentam, face aos baixos salários que auferem e à falta de condições laborais.

Nas reivindicações assumidas pelo STAL e pelos trabalhadores – nomeadamente na concentração realizada esta manhã junto à Câmara Municipal de Celorico de Basto – estão questões gerais de resposta ao agravamento do custo de vida e de melhoria das condições de trabalho, nomeadamente o aumento geral do salário e das prestações pecuniárias; aumento do subsídio de refeição e o seu pagamento em dinheiro; direito ao subsídio de transporte; atribuição do subsídio de risco; direito à reclassificação e valorização das categorias e carreiras profissionais; fim dos contratos precários; a atribuição de diuturnidades; bem como a negociação urgente de um Acordo de Empresa.

VALORIZAÇÃO E DIGNIFICAÇÃO PROFISSIONAL

O STAL há muito que defende a valorização e a dignificação profissional devida a estes trabalhadores, que estão na linha da frente na prestação de serviços essenciais às populações e que, apesar de estarem sujeitos a um grande esforço e à exposição diária a elevados riscos, continuam a ter salários baixos e a quem lhes é negado o Subsídio de Insalubridade, Penosidade e Risco.

Indiferente a esta difícil situação e às reivindicações apresentadas pelo STAL, a administração da RESINORTE avançou unilateralmente com aumentos ao nível da “esmola”, o que os trabalhadores rejeitam, exigindo, em alternativa, um aumento salarial significativo, bem como o respeito pela sua dignificação profissional, defendendo que há condições económicas e financeiras para tal, e que a taxa de rentabilidade aprovada pela ERSAR tem de reflectir-se na melhoria das condições remuneratórias daqueles que produzem a riqueza.

Recorde-se que, na Páscoa, o STAL “presenteou” a administração com “ovos reivindicativos” recheados com abaixo-assinados subscritos por mais de duas centenas de trabalhadores.

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