TRABALHADORES DO GRUPO ADP

Dirigentes, delegados e activistas sindicais do STAL e da FIEQUIMETAL realizaram esta quarta-feira (dia 12) uma acção de protesto junto ao Ministério das Finanças, em Lisboa, para exigir uma reunião, com carácter de urgência, com o Secretário de Estado do Tesouro e o retomar do processo negocial no Grupo Águas de Portugal.

Na concentração foi votada e aprovada uma resolução em que se exige, entre outras medidas, salários dignos, mais direitos, melhores condições de trabalho e o fim da precariedade.

A administração do Grupo AdP continua a escudar-se atrás da tutela para não dar resposta positiva ao Caderno Reivindicativo apresentado pelo STAL e FIEQUIMETAL, tendo mesmo recuado no processo negocial, o que é inaceitável, face aos graves problemas denunciados há muito pelas duas estruturas sindicais.

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Em 2021, o Grupo AdP lucrou 83,3 milhões de euros (+6% face ao ano anterior), e mais de 400 milhões de euros nos últimos 10 anos, o que diz bem da sua saúde financeira. Mas insiste em praticar uma política de estagnação salarial, numa estratégia assente no conceito de “milhões para os accionistas, migalhas para os trabalhadores”.

E nem a mísera actualização salarial de 0,9% (imposta pelo governo PS à Administração Pública este ano) os trabalhadores receberam, mantendo, na sua maioria, salários ao nível do Salário Mínimo Nacional, e sem carreiras e categorias profissionais valorizadas.

SILÊNCIO DO GOVERNO É INACEITÁVEL

O STAL e a FIEQUIMETAL consideram inaceitável o silêncio do governo PS perante a situação que se vive na empresa – que presta um serviço essencial às populações –, já que, desde Abril, os representantes dos trabalhadores aguardam pelo agendamento de uma audiência com o Secretário de Estado do Tesouro, cujo pedido foi reforçado em 1 de Julho e, novamente, esta quarta-feira.

O STAL e a FIEQUIMETAL reafirmam a sua disponibilidade para continuarem o diálogo e a negociação, por forma a encontrarem-se soluções para os problemas concretos dos trabalhadores, os quais mostram-se unidos e determinados em prosseguir, desenvolver e ampliar todas as formas de luta – incluindo novas greves – que se mostrem necessárias para a concretização das suas justas reivindicações, conforme a resolução aprovada hoje e entregue ao adjunto do ministro das finanças, que recebeu a delegação sindical.

E a luta prossegue já neste sábado (dia 15), com a participação dos trabalhadores do Grupo AdP nas concentrações em Lisboa e no Porto, promovidas pela CGTP-IN, no âmbito do mês de “Mobilização e Luta” pelo aumento dos salários e das pensões.

 

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