MELHORES SALÁRIOS E CONDIÇÕES LABORAIS DIGNAS
A greve de 4 dias, entre 7 e 11 de Abril, realizada pelos trabalhadores da FCC Environment Portugal que terminou nesta terça-feira, registou uma forte adesão – com paragem total em Marco de Canaveses, em Vila Real e na varredura em FAFE – é demonstrativa do profundo descontentamento destes e da sua união em defesa das revindicações apresentadas à empresa, designadamente, o aumento geral dos salários (no mínimo de 100 euros para todos), a abertura de um processo negocial para a uniformização de direitos na empresa, a melhoria das condições de trabalho e o pleno respeito pelas normas de Segurança e Saúde no Trabalho.
O Conselho de Administração da FCC- Environment Portugal é a responsável por esta acção de luta, que resulta da falta de respostas concretas às exigências dos trabalhadores, cujo poder de compra se tem degradado nos últimos anos face aos baixos salários praticados na empresa, que os coloca em situação económica difícil e de particular fragilidade social.
Os trabalhadores e o Sindicato lamentam os impactos que esta greve tem junto das populações mas está nas “mãos" do Conselho de Administração da FCC Environment Portugal a resolução da actual situação e iniciar um processo negocial sério com o Sindicato e dar as respostas urgentes e necessárias para garantir condições de trabalho dignas a estes profissionais.
TENTATIVAS DE INTIMIDAÇÃO EM FAFE
Na secção de varredura da FCC em Fafe foram inúmeras as tentativas de intimidação e de pressão aos trabalhadores procurando a desmobilização destes à greve. No entanto, apesar das tentativas ilegais de limitação ao direito à greve, os trabalhadores mantiveram-se firmes e determinados, tendo aderido em força à greve convocada pelo STAL.
Nesta terça-feira os trabalhadores em greve realizaram uma concentração junto da CM de Fafe, que teve como consequência uma reunião com o Presidente da autarquia, onde tiveram a oportunidade de transmitir os seus principais problemas e denunciar o comportamento abusivo de que têm sido alvo por parte da empresa.
LUTA PROSSEGUE
Os trabalhadores estão determinados em prosseguir esta luta, caso a empresa persista em continuar a fazer “orelhas moucas” às revindicações de melhores salários e condições laborais, designadamente:
– Aumento salarial de 10%, num mínimo de 100€, para todos os trabalhadores;
– Implementação de um salário de entrada de 850;
– Subsídio de refeição de 9€/dia;
– A fixação do período de trabalho em 7 horas diárias, 35 horas semanais e 25 dias de férias;
– O pagamento do Subsídio de Insalubridade, Penosidade e Risco;
– Fixação do trabalho nocturno entre as 20h de um dia e as 7h do sai seguinte, compensado com um acréscimo de 25% da retribuição mensal;
– A valorização das carreiras, bem como a possibilidade de progressão e promoção profissional, e a regularização das situações de vínculo precário;
– Melhores condições laborais e o respeito pelas normas de Segurança e Saúde nos locais de trabalho.